Crash! Boom! Bang!

Olás!!
Não é minha intenção passar nenhuma espécie de pessimismo nesse blog. Mas, como nem só de flores é feita essa nossa vidinha terrena, é preciso usar o lencinho às vezes. Eu estava aqui presa com meus pensamentos, sobre umas coisas que aconteceram ontem, que me provocaram um certo desconforto. Nada descomunal, já lidei com coisas piores. Porém, sabe aquela coisinha rançosa remoendo dentro de você? Pois é. E é exatamente nesses dias que por puro acaso, você liga o rádio e ouve as músicas mais chorosas, pega os livros mais soturnos pra ler (Crepúsculo - tinha que ser ele!), e eu, como sou daquelas que vê um filme e pega o comportamento da Jennifer Lopez por horas - traduzindo, sou influencíavel pra chuchu -, acabo não esquecendo que tem algo me incomodando. E essa "coisinha", diante tamanho terreno propício, vai aumentando, e desenrolando, criando uma verdadeira obra de Shakespeare dentro de mim. E piscianos naturalmente curtem MUITO um dramalhão. Nessa hora que agradeço por ter nascido sob ascendente aquário e lua sagitariana: as alternativas se ampliam e dá-se sempre um jeito de escapar do pessimismo.
MAS vcs devem estar megapower curiosos (imagino) sobre o que ocasionou essa ópera mal acabada. Como boa quase jornalista que quase fui, preservarei a identidade dos envolvidos (agora eu me achei MESMO! kkkkk). Vou resumir em poucas palavras o que tá me enchendo. Sabe quando voce fala algo naturalmente, mas esse algo é bastante sério? Pois é, foi o que eu fiz. Eu usei até de um pouco de sarcasmo. Na hora pareceu a coisa mais normal do mundo, mas depois eu fui ver realmente o que eu falei. Se me arrependi? Não, porque não falei mentira alguma e nem falei pra magoar. Mas as vezes você magoa sem querer. E é essa p***** que me incomoda, embora não devesse. Tá, mesmo que seja um reflexo real do que eu pense, mesmo que eu tenha me sentido verdadeira em falar aquilo, eu não pensava em tocar fundo com o que eu disse. Mas, pelo menos, foi bom ver que a tal pessoa não é feita de gelo; que provavelmente, ela tem coração e sentimentos - ou na pior das hipóteses, que eu não fiz as vontades dela e não paguei de idiota. 
Mas o que me incomoda, afinal, já que eu estou tão convicta das minhas atitudes? Sabe o que é? Por que as coisas não podem ser mais simples? Poxa,a vida é tão curta, a gente encontra tantos meios rápidos e evoluídos de se comunicar e no final das contas, somos tão retrógrados em relação a sentimentos. Sentimos o que nossa avó sentiu quando teve o primeiro namorado. Nossas discussões amorosas são as mesmas da nossa tia quarentona com os rapazes de boca-de-sino, durante os longos anos 70. Perdemos tempo com picuinhas, com coisas idiotas, enquanto o bonde da vida passa.
Eu, na verdade, tento trabalhar pra tornar as coisas mais simples. Não estou dizendo que eu seja perfeita, longe de mim, cruz credo. Mas eu sinto que estou tentando. O problema é que ninguém vive sozinho. Quem não se comunica se trumbica, como já dizia Chacrinha. Logo... às vezes temos que assistir as pessoas persistirem em certos erros, sem poder fazer nada pra mudar isso, embora tentemos repetidas vezes, sem sucesso. E a tua frustração é proporcional ao seu grau de envolvimento com essas pessoas.
E ainda posso me justificar através do infalível poder da ação e da reação; do "conforme se toca, se dança", e por aí vai. Não estou falando isso pra me sentir a melhor e a mais cheia de razão - mesmo porque razão é algo relativo- mas é porque estou descobrindo o quanto esses ditadinhos de vó fazem sentido. Ah, como eu gostaria que não fizessem! Eu juro que preferiria que as coisas fossem mais simples e eu não tivesse que descobrir o real significado deles tão cedo. Porque, eu sei que conforme se toca, se dança. Mas nem sempre a música é das melhores.

E não se preocupem, eu não estou em depressão profunda. É só um momento de melancolia. Passa logo!

Beijooos! ;**