15 abril 2011

Quando ....

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!! 


                                             (Charles Chaplin)



Minha humilde homenagem ao 122º aniversário de um dos maiores artistas de todos os tempos.




(esse olhar fala por si, né? :) )



13 abril 2011

Crônica de um coração partido

"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

 De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente..."  

(Vinícius de Moraes - Soneto de Separação)


Quem compartilha da poesia de Vinícius de Moraes, conhece a magia de seus versos. Sabe que assim como o Soneto de Fidelidade embala os corações em festa, o Soneto de Separação, acima reproduzido, reflete a desilusão de um coração partido.
É como se ele falasse do que cada um de nós sente quando uma história que deveria ser para sempre - segundo esse nosso romântico conceito que perdurará por gerações - de repente se desencaminha, tropeça, ou simplesmente se vai.
 O encanto mágico dos olhos se apaga, uma mão se perde da outra e a vida volta a ser a mesma vidinha sem graça de antes, só que desta vez com um vazio que teremos que aprender a conviver e usar de artimanhas e estripulias para driblar. Lágrimas secretas, passeios solitários. Os poemas lidos juntos, as músicas compartilhadas - tudo isso vai levar um tempo até que voltem a ser apenas palavras ou música normais, daquelas que se escuta, cantarola e se continua a trabalhar.
Mas  onde entra essa parte de se "partir o coração"? De onde isso vem?

Suponho eu que venha daquele bom e velho conceito romântico (olha ele ai mais uma vez!) de que uma metade do seu coração pertence à pessoa amada. Logo, se ela se for algum dia, levará consigo uma parte do seu coração.  Isso explica o fato de sempre se procurar uma cara METADE, ou a sua METADE da laranja, ou ainda, como muitos preferem dizer, alguém que te COMPLETE. Mas vem cá... Deus não te fez pela metade. Você tem UM coraçao INTEIRO dentro do peito. Por mais que venha um(a) idiota, 2,3,4... você continuará com as duas metadinhas do seu coração, lá, inteirinhas.
A não ser que você DÊ uma parte de você e ache isso romântico. E, depois, quando a pessoa se for - coisas da vida, lembre-se, o mundo não vai acabar! - lá vai você em busca de mais um pedaço de coração, já que ninguém vive com meio coração, né? O problema é que nem todo mundo vai fazer a filantropia de te dar um pedaço. Aí, você vai começar a sentir que tudo que a pessoa amada te dá é pouco. Porque você quer nada mais nada menos que a metade do coração dela.  Mas ela não pode de dar, poxa! Ninguém vive com meio coração, lembra? Aí ela se vai.
E aí recomeçará a ávida jornada em busca de se completar com o pedaço dos outros...

Antes que vocês achem que eu sou uma pessoa insensível, lembrem-se: eu sou pisciana e pisciano insensivel nao existe. O que eu quero dizer é o seguinte: ninguém tem que vir pra completar o "pedaço que está faltando". Você não falta pedaços, no máximo, precisa juntá-los em seus devidos lugares de novo. Aquela metade que você tanto procura nos outros você só vai encontrá-la em um lugar: dentro de você. Fique esperando a metade da laranja e você vai morrer de sede.
Ao invés disso, seja você a laranja inteira, faça a laranjada e espere apenas o açúcar. Ou o mel. Ou as folhas de hortelã. 

(pensou que ia ser um post de chororô, né?  SIM, eu sou surpreendente!! =D )


Beijoos, beijooos! ;**

11 abril 2011

Por favor, me traga uma notícia boa!!!

OLaaas! =)

Faz uns dias que estou matutando em escrever sobre isso. Mas como é um assunto meio que polêmico, a gente tem que saber como abordar pra não correr o risco de ser mal interpretada, concordam? Mas depois de ouvir palavras como mortos, feridos e afins umas cinquenta vezes em menos de uma hora, eu não poderia mais ficar quieta. É questao de sobrevivência. Pois então, a polêmica esta lançada:

A imprensa brasileira é uma fábrica de  loucos.

Pra quem duvida do que eu estou falando, deixa eu contar mais uma coisa:  você sabia que em estudos realizados recentemente, o Brasil foi apontado como o maior consumidor anual de Rivotril do mundo? Sim, estou falando de toneladas.
Pra quem não sabe do que se trata (o que eu acho dificil nos dias de hoje), Rivotril é um tranquilizante benzodiazepínico de alta potência que é receitado e vendido como água, tanto em comprimidos, quanto em gotinhas sabor damasco.
Quem já tomou o benditinho, sabe: é sossega leão mesmo. E vicia. Essa reportagem supimpa da Super Interessante não me deixa mentir.
Isso sem falar em outros tranquilizantes e antidepressivos, que fazem desse início de século o mais próspero da história da indústria farmacêutica. Ser psicólogo atualmente também dá uma grana considerável.... às vezes eu me pergunto porque eu não nasci com queda pra área biológica.... minha humilde carteirinha  agradeceria. :)
Mas onde que entram o Rivotril e seus asseclas no meio dessa história toda? Pois bem, amizade, presta atenção. Experimente contar quantas noticias boas você ouviu na TV ou leu no jornal de hoje. Isso mesmo. Eu sei, eu sei que você não se lembra. Talvez porque antes dela (uma no máximo, né?) tenham vindo aquele assassinato brutal, o terremoto de proporções épicas, o conflito religioso, o político que falou demais e roubou milhões dos cofres públicos, e lá num cantinho de pagina, escrita em letras quase de rodapé...uma noticia boa! Mas claro, você seria ninja em se lembrar do que se tratava a bendita, após uma volta ao mundo em 80 tragédias.
Logo, não é de se espantar que ao desligar a TV ou fechar seu jornalzinho você pense que o mundo não tem mais jeito. Que está acabando. Pra você, essa coisa toda é apenas um espelho da realidade lá fora. E a partir do momento que a realidade é só tragédia, a coisa tá feia. Corram para as colinas! 
Mas surpresa, baby: a sua amada televisão, seu amado jornalzinho e sua revistinha semanal de noticias não refletem tanto a realidade assim. (Pronto, pode respirar, que o mundo não está acabando!)
O que acontece é uma luta incansável pra saber quem explora mais a tragédia, quem dá mais detalhes do atentado, quem consegue a primeira foto do seqüestrado. Sim, isso faz parte do jornalismo, eu sei. Quem chega primeiro, bebe água limpa. Mas tem pessoas que fazem TUDO por uma manchete. 
Vocês leram direito? TUDO. Tudo em troca de pontos a mais na audiência ou um prêmio internacional no final do ano. Distorção de idéias, manipulação de informações... mas isso é com eles. O problema é o pânico coletivo e o impacto que isso tudo tem na sociedade. Poxa, cada um já tem os seus problemas individuais, seus dramas de fundo de armário. E então, ao ligar a TV para refrescar as idéias e dar uma ligeira fugidinha da realidade, o que se vê? (Rivotril, please!)
Por que não focar mais no que acontece de bom? Ou vai me dizer que nada de bom acontece no mundo? (Aham, Cláudia, senta lá...) Claaaaaro que acontece! Mas não fica bem escrito em letras garrafais e fundo vermelho na capa da revista ou na página principal do site, né? E a voz dos âncoras dos telejornais? Assume um tom dramático digno de Oscar quando anuncia alguma tragédia. Uma voz de veludo. Impressionante!  Agora, repara a voz deles quando anunciam alguma notícia que faria o telespectador respirar aliviado, esboçar um sorriso ou pelo menos, dormir tranquilo, sem medo de acordar no apocalipse... 
Vejam bem: não sou contra a boa informação e a cobertura dos fatos. Também não estou fazendo uma guerra declarada à imprensa e a todos os meios de informação. Não é isso. Apenas estou dizendo que poderiam pensar mais nos efeitos de sua sede de sangue na Nação Rivotril que ora os ouve do que no Prêmio Esso. A imprensa é formadora de opinião. Entra na casa das pessoas diariamente. É uma responsa e tanto, senhores. E o mundo não está acabando. Portanto, por favor, me tragam uma notícia boa. Sei que vocês podem!


E junto a mim, também apela o grupo Nenhum de Nós! 
Musiquinha super show!




Bjoos! ;**






p.s: é difícil, mas eu conseguii! Garimpei umas notícias legais aqui pra deixar pra vocês. Nada épico. Mas é só pra mostrar que na verdade, o nosso mundinho não está tão ferrado quanto parece. 


http://tinyurl.com/6b64tdd


http://tinyurl.com/3zw7xlh


http://tinyurl.com/66932k4 (é... ele não é tão fútil quanto parece... :p)






Fiquem com Deeus! ;**

08 abril 2011

Outono... Fall... Autunno... Autumn... Automne....:)

Olás, amiguinhos!
Faz um tempo que nao escrevo, ne? A ultima vez que escrevi foi  no ultimo verão, como dizem sempre os americanos - eles nao trabalham com datas, mas com estaçoes do ano, ja repararam?? Pois, aproveitando que estamos falando de estaçoes, eu gostaria de falar da minha estaçao preferida do ano - o outono. Nem verão demais, nem inverno demais - eu gosto das transiçoes (tambem adoro a primavera). É no outono que as arvores ficam amareladas, as folhas começam a cair, as tardes esfriam suavemente e vem um ventinho gelado, depois de um dia aconchegante de sol morno. É super agradavel ficar em casa, lendo um livro, de bobeira; é bom sair com os amigos no fim de tarde, é bom tomar um suco ou um chocolate quente. No outono se usa vestido e se usa cachecol. Se come salada e se toma sopa. Enfim, tudo é agradável de se fazer, até uma piscina cai bem.
Água fria ou quente - voce escolhe.
No outono, simplesmente olhar o tempo lá fora, a cor do céu no por do sol, sentir a brisa doce e seca é uma experiencia maravilhosa. É aconchegante, é dourado, é temperado, é mágico. Todos querem um amor de verão... mas por que não um amor de outono? É um clima muito mais romantico para uma love story, nao é? Ou voce acha que é por acaso que o dia dos namorados brasileiro é em pleno outono?
Outono é a minha estação. Eu mudo completamente quando as águas de março fecham o verao e começam aqueles fim de tarde lilases e aquela brisa gelada ondulando suavemente os cabelos de quem passa. Me vem um aconchego, um bem estar, uma paz e uma alegria de pensar que serão 3 longos meses dessa estação bucólica e deliciosa. Boas lembranças. Boas sensaçoes. E uma vontade de correr em meio ao vento, de braços abertos, rodopiando como em uma brincadeira infantil, depois, me sentar embaixo de uma árvore, de meias coloridas no chão e passar a tarde lendo um romance e olhando o fim de tarde...

Feliz outono pra você! =D