14 outubro 2011

Sobre ser feliz...

Olá!
Depois de um longo e tenebroso inverno (literalmente), cá estou eu de volta, em plena primavera. E como primavera cheira a alegria, eu achei que felicidade seria um tema interessante pra esse meu primeiro post na estação das flores.

O que é ser feliz?

Não sei de vocês, mas eu já estou careca de ler nessas revistas mensais, em alguns tópicos do Facebook, ou mesmo em blogs ou livros de auto-ajuda "dicas" para ser feliz. Sim, muitas das vezes são boas e até eficientes... mas logicamente vai depender do terreno onde serão aplicadas. Por exemplo... comer chicória pra sua mãe pode ser felicidade... já pra você, é um Deus-nos-acuda. Então, convenhamos. Não existe manual da felicidade disponível em lugar algum. Se tivesse, certamente seria vendido a peso de ouro... e quem tivesse todo o ouro disponível, pagaria por ela, pode apostar. Quem não quer ser feliz, viver plenamente, saber exatamente como agir, como se comportar, quando dizer sim, quando dizer não, pra que tudo termine num final feliz, digno de novela do Manoel Carlos?

Pois comece a prestar atenção, caro leitor que ora me lê: a tão sonhada e almejada felicidade pode estar escapando pelos seus dedos nesse exato minuto.

Por que?

Costumamos procurar a felicidade em coisas grandiosas. Feitos homéricos e nunca vistos. Adiamos a felicidade o quanto podemos e sim, pra nós, ela só será conseguida a custa de ouro. Ou dólar, real, euro, ou como quer que você disponha do seu rico dinheirinho.
O problema é que a todo momento damos chutes na felicidade presente. E não nos damos conta disso, esperando para ser felizes num futuro próximo, quando ganharmos na Mega-Sena talvez, ou quando conseguirmos tanto dinheiro quanto o "Zé que estudou comigo".
Depois, dizem não saber porque estamos na era mais lucrativa pra indústria farmacêutica (leia-se calmantes e antidepressivos). Os consultórios de psiquiatria vivem cheios. Felicidade está vindo em caixinhas. Na era da Apple, Google, Microsoft e do Facebook, dos Tablets, dos Iphones, as pessoas choram escondido, dormem mal, tem medo de tudo e não conhecem a singeleza de um passeio no jardim. Muitas nunca sequer pisaram na terra molhada. Ou sentaram para ver o por-do-sol, segundo a segundo. Ou sorriram pra si mesmas em frente ao espelho e disseram: eu me amo. Ou pararam por 5 minutos para agradecer a Deus pela dádiva de estarem vivos e fazerem parte desse mundo, que apesar de complicado, nos oferece um sol toda manha, um céu azul de doer a vista, que quando anoitece, se pinta de estrelas. Que está cheio de pessoas vis, que nos fazem sofrer, porém, está também repleto de pessoas boas, de caráter limpo e coração puro.

É preciso se permitir ver a felicidade acontecer. Por mais que pareça papo-furado, é bem isso o que é. No mundo de hoje não há fronteiras. Porém, há trincheiras dentro de cada um de nós, que nos separam de um sorriso singelo e de rodopiar até cansar ao ritmo da música.
É preciso ser um soldado a favor de si mesmo para ultrapassar esse ego tão tecnologicamente modificado e enxergar a simplicidade. E se permitir ser feliz agora. Hoje. Aqui.

Seja lá como for. Se vier do coração, mergulhe de cabeça. Se permita e abra um sorriso largo. E que ele seja duradouro, deixe lembranças doces e faça seu coração bater mais forte.

Seja feliz. E não deixe pra amanhã!

Beijos, beijos...

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